Se pudesse
me comparar a algo, seria uma criança.
Uma menina,
talvez, não difere.
E, na mesma
proporção, você seria um balanço.
Toda tímida
e curiosa, brincaria com você, tal qual
Uma criança
e seu balanço.
E você ia
me levando, devagarinho, um pouco mais alto.
Receosa,
mas divertida. Com o vento nos cabelos, que sensação!
Mais alto,
eu diria, mais rápido!
Lá estaria
você, me embalando, me fazendo sentir o cheiro da liberdade.
E eu
esticaria meus pezinhos, e tocaria o céu, sim, eu tocaria.
Num
momento, um relance, nem daria tempo pra piscar os olhos.
E eu
estaria no chão. Machucada, joelhos e cotovelos sangrando.
Você
imóvel, afinal, o que faria um balanço?
Pobre
menina, gostou do balançar.
Eu me
levantaria sem nem notar, que me esvaia, ferida.
Queria o
vento novamente, a altura. Queria estar nas nuvens.
E o balanço
imprudente, iria até o céu, não porque queria me ver sorrir.
Mas por que
balançar, é o que você faz.
Cairia outra
vez, inevitavelmente.
Esperaria
uns minutos, para curar as feridas.
Deixe pelo
menos o sangue secar.
Antes de me
levar ao céu, e ao chão, repetidas vezes, incansavelmente.
O pé da poetisa
ResponderExcluirNão o chão mas o céu pisa
GK
Que lindo! Adorei, muito fofo.
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