Seja Bem Vindo

terça-feira, 17 de janeiro de 2012



Ela: Porque a gente chora?
Ele: Por que é onde o sentimento e o corpo se encontram.









Eu te amo <3

sábado, 14 de janeiro de 2012

Quem dera

Já não me importa o mundo abundante lá fora.
Pois dentro de mim, sinto imenso vazio.
Uma vontade gritante de escrever-te.
Mas não há o que dizer-te.
Palavras avulsas apagam o rastro do nada sabre mim.
Sinto um aperto no peito, o ar que me falta não te afasta.
Não quero escrever sobre a saudade, a distância, o amor.
Não, não quero falar-te de imensidão.
De paixão, de olhar ou de tesão.
Mas esta dor não me deixa aquietar-me.
Um peso cobre meus olhos e minha boca, clama sem saber por que.
A confusão se alastra dentro da minha mente.
E meu coração sabe exatamente o que quer.
Quer escrever-te.
Dizer-te alguns versos bonitos.
Tentar por sobre o papel o medo da perda.
Mas quem dera fosse verdade.
Quem dera você lesse meus míseros poemas.
Quem dera você soubesse do gigantesco amor que tenho por ti.
E do vazio.
Sem você aqui.



R. C. Mônego

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sincera e apaixonada pulsão.


Se calar minha voz um instante, posso ouvir o sussurro do vento pela janela.
Forte e insistente, castigando a copa das árvores.
Arrastando todos os vestígios de sossego deste infame mundo.
Se fechar meus olhos durante cinco minutos, posso inalar aquele aroma.
Constantemente presente no ar, agitando todas as partículas do quarto.
Cheiro do vinho tinto envelhecido e amargo que trouxeste.
Se eu pudesse abafar o som e calar todos os murmúrios ensurdecedores da minha mente,
Talvez eu ainda sentisse o doce do chocolate.
Os suaves lençóis brancos, bagunçados e umedecidos.
Talvez tudo isso fosse sentido.
O vento, o cheiro, o gosto e a maciez.
Talvez eu percebesse todos os detalhes daquela noite.
Se minha concentração não estivesse voltada apenas
Para a batida do seu coração.
Sincera e apaixonada pulsão.

R. C. Mônego 

As verdades destroem.


Tudo o que me diz é sincero?
Você sabe, todas as mentiras machucam,
E as verdades machucam muito mais.
Sei que construímos nossas vidas sobre ruínas.
E agora, tudo está partindo, tudo está se revelando.
Não, não minta mais para mim.
Eu já não posso fingir aceitar.
É a ultima chance de dizer a coisa certa, de se redimir.
Eu tentei esquecer, mas isso me corroe por dentro.
Eu tentei nos perdoar, mas não é suficiente.
Pare de tentar fazer tudo dar certo.
Todos sabem que você não sente nada, e nem eu.
Não podemos pisar em algo rompido.
Não podemos amar se o coração não aceita.
Não diga “Eu te amo” se não é real.
Está me tornando pó, com suas lamúrias e desculpas.
Você não pode brincar com sentimentos feridos.
Se nem meu amor convence mais,
Como hei de pedir algo além?
Ruímos, meu amor, nós ruímos.
E devemos aceitar as mentiras, devemos amar as mentiras.
Elas não cortam e nem ardem.
As verdades é que apodreceram a lama que construímos.
E já é tarde para tentar sentir de novo.
Isso me mata; faz-me querer chorar.
Mas não há maneiras de voltar.
Então apenas deixe-me abraçá-lo, como uma ultima vez.
As verdades destroem.

R. C. Mônego 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Amor Infinito


Você gritou o meu nome em meio à multidão.
E então eu entendi que era você.
O amor que te ofereço agora vai além de tudo.
Como se houvesse o tudo, ou o nada.
Te dou-me de cara, e morrendo de medo.
Dizer-te que não temo é mentira deslavada.
Temo que tu me digas que se vai.
E que eu me perca na solidão do teu abandono.
Que eu fique aqui, sofrendo calada os meus medos calados.
E por trás do temor, eu sinto amor imenso.
Eu te digo: Amo-te, sim, como te amo!
E como odeio te amar.
Como odeio quebrar-me por você.
Quando vais perceber? Você é o único.
Aquele amor que jamais poderia perdoar.
Por que é tão fino e puro, é tão enorme e infalível.
Que se você partisse meu coração, eu jamais poderia perdoá-lo.
Nem esquecê-lo.
E amar-te assim me arrasa.
Amar-te mais do que a mim.
Mas te amo sem medidas, e teu amor é simplesmente vida.
Se você apenas pudesse garantir-me amor eterno.
Além da morte eu buscaria.
Para ter-me acolhida em teus braços e ter para sempre,
Teu amor e pensamentos.
Teu corpo e tua alma.

R. C. Mônego

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Nossos Suspiros


Aproveite-me que sou tua.
Abuse porque só você tem o direito.
Sim, você pode matar sua sede em mim.
Perdi todo meu juízo e razão ao te encontrar.
E durante muito tempo, as nossas pernas, nós iremos cruzar.
Porque todo o gosto da malicia está em teus lábios.
E que lábios, por Deus.
Diga-me, como eu, uma simples escrava do teu corpo,
Hei de arrancar da memória as carícias dos momentos,
Se meus seios ainda estão nas tuas mãos.
Diga-me como seguir o dia, se meu corpo leva a marca dos teus puxões.
Esqueci os meus sonhos naqueles minutos
E me perdi nos caminhos do teu pecado.
Agora o cheiro do nosso suor foi absorvido pelo meu corpo.
E minhas palavras se perderam nos nossos suspiros.
Nas ofegantes madrugadas em que nos eternizamos nos lençóis.
Se partires agora,
Restará em mim, a doce fragrância das tuas mordidas,
    Teus agressivos apertos, a tua face, repleta de prazer.
    Diga-me, como viver sem a sensação de te possuir.
    Ensina-me a largar o teu viciante sabor.
    Diga-me, como hei de sobreviver sem teu corpo sobre o meu.

R. C. Mônego

Não há o final.



Existir além do que existe ultrapassa o possível.
O que me faz crer que em mim, haja infinitas possibilidades de ser.
Posso me apresentar de diversas formas e filosofias.
Tudo que vive em mim é parte da minha esfera.
Tudo ultrapassa o meu final.
Não há o final.
Tenho a bagagem de tudo que li e escrevi.
E a virtude de todas as pessoas que conheci.
Omito meus desagrados e percebo minhas omissões.
Sou a fração do ódio ilhado, sou a maioria amor doado.
Tenho a tristeza da rotina cinza, a cor viva do dia azul.
Sou as minhas internas tempestades soltas.
E também o breu da minha noite.
Tudo que está além da retina do olho.
Todas as porções de mim, reservadas na alma.
Mais um coração pulsante e perdido.
Não sei se vais compreender,
Que sou minha única certeza.
E que vivo em um mar de desilusões.

R. C. Mônego 

Teu inicio


Sou eu quem vai abraçar você, quando estiver entristecido.
Sou eu a pessoa que vai ouvir pacientemente as suas lamentações.
Eu sou quem vai partir seu coração em milhões de pedaços.
E sou eu quem vai te tirar da solidão, quem te dará vida.
Sou eu a tua inspiração, a tua perfeição, sou eu a tua fraqueza, tua fortaleza.
Eu sou o teu castigo e salvação.
Sou tua historia e futuro.
Sou o cálice da tua alma, o inferno e a calma.
Sou o abismo e o céu, tua benção mais cruel.
Sou a tua sede de prazer, pura perversão.
Sou teu corpo no meu, o arrepio das tuas costas.
Sou a magia, a cruz e simples alegria.
Sou eu quem vai amar você, cuidar, beijar, brigar e viver com você.
Sou quem você vai aturar até o mundo acabar.

R. C. Mônego

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ariana

E a saudade não me deixa te esquecer.
É assim que deve ser.
Sei que não haverá distancia capaz
De me fazer te apagar.
Mas o vazio da tua ausência pesa sobre mim.
Pesa como a luz, pesa como a melodia.
Como a lembrança carregada de você.
O peso do meu olhar cego, o peso da discórdia.
Cada gota de lágrima que eu não chorei.
Tem todo o desespero de sentir-se só em meio aos outros.
Ah, minha querida, se você apenas pudesse vir.
Matar todos os sufocantes delírios do meu coração.
Mas você está longe, longe de mim.
Os meus olhos choram por ti.
E todas as palavras prestes a serem ditas
Que são guardadas para não causar danos.
Todas essas palavras presas e caladas
Resolveram soltar-me, fugir do meu peito
E caíram frias pela manhã, machucando o único que havia ali.
Eu.

R. C. Mônego