Seja Bem Vindo

sábado, 14 de janeiro de 2012

Quem dera

Já não me importa o mundo abundante lá fora.
Pois dentro de mim, sinto imenso vazio.
Uma vontade gritante de escrever-te.
Mas não há o que dizer-te.
Palavras avulsas apagam o rastro do nada sabre mim.
Sinto um aperto no peito, o ar que me falta não te afasta.
Não quero escrever sobre a saudade, a distância, o amor.
Não, não quero falar-te de imensidão.
De paixão, de olhar ou de tesão.
Mas esta dor não me deixa aquietar-me.
Um peso cobre meus olhos e minha boca, clama sem saber por que.
A confusão se alastra dentro da minha mente.
E meu coração sabe exatamente o que quer.
Quer escrever-te.
Dizer-te alguns versos bonitos.
Tentar por sobre o papel o medo da perda.
Mas quem dera fosse verdade.
Quem dera você lesse meus míseros poemas.
Quem dera você soubesse do gigantesco amor que tenho por ti.
E do vazio.
Sem você aqui.



R. C. Mônego

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