Calo-me ao ouvir teu frio adeus.
Relembrando as mudanças.
Coisas minhas, agora.
Não repares a possessão, faço questão das lembranças.
A fúnebre lágrima em meu olhar
Não me permite contemplar tua já inalcançável beleza.
Teus lábios tacam os meus.
Belo ato de piedade, livre de pureza.
Deixe-me sozinha, então.
Que já me foi melhor tua companhia.
Cale a virtude dos poemas,
Neste clima de agonia.
É neste final sem harmonia que tudo cai.
Teus passos leves seguem a brisa que vai.
Meus murmúrios gritantes jamais serão ouvidos.
Por que ouves distante, outra sinfonia bonita.
O rompimento tristonho acompanha o crepúsculo.
Deste fim de tarde sem vida que jamais vou esquecer.
Leves contigo a glória derrotada dos meus olhos.
Contentar-me-ei em assistir sem glória a noite esvanecer.
R. C. Mônego
* Um dos meus favoritos!
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