Seja Bem Vindo

sábado, 31 de dezembro de 2011

O reflexo da minha depressão.




Eu li os teus versos e juras, como estes me pareciam sinceros.
Vi tua alma através dos olhos, era pura e livre de obscuridade.
Mas hoje, a única coisa que me cobre o olhar é o reflexo da minha depressão.
Deixaste-me em frente ao abismo, empurraste-me para baixo.
Agora minha vida resumiu-se a te lembrar, vagamente.
Há tantas noites eu não durmo mais.
O cigarro não larga os meus dedos.
Eu não rio, eu não como, se fechar meu olhos, lembro dos teus.
Vivo absorvida pelo teu fantasma dentro de mim.
E perdida na avenida da minha própria solidão pálida,
Eu me recuso a esquecer-te. 
Me nego a arrancar de mim os detalhes da tua pele,
Quero estar dentro dela, sem perder-me na tentativa.
Assusta-me decifrar as lagrimas, assusta-me o eu sem você.
Mas não há nada mais o que dizer se nem os telefonemas respondes mais.
Não há nada o que sonhar, se o sono não vem.
Não há ar para respirar, se teu amor não me é permitido.
Não há vida a viver, já que foges de mim.
Não há o que ver, nem o que crer.
Não há o que fazer, a não ser recordar nossos momentos.
Que às vezes me parece que nunca existiram.
Talvez tudo tenha sido uma amarga farsa.
Mas mesmo assim, não vou deixar que este vazio dissipe sua alma perante a mim.

R. C. Mônego  -  Para uma amiga :)

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